sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Gabriel, o Contador de Histórias (Número 2) A Flor Azul

Gabriel ainda precisava aprender mais sobre leitura, mas já tinha uma idéia: Escrever histórias de aventuras.
Em sua casa, sozinho no quarto, estava tentando escrever uma história num caderno, mas estava difícil, pois não sabia sobre o que escrever.
Então decidiu ler alguma coisa para que pudesse ter uma idéia. Assim pegou a Bíblia para criança e leu algumas coisas.
Já conhecia muitas histórias da Bíblia, mas dessa vez ficou mais atento para entender melhor.
Percebeu ao ler sobre Jesus e sua morte, que Deus tem um amor muito grande pelas pessoas. Um amor sem limites.
Gabriel fecha a Bíblia e a coloca em seu colo. Fica pensando, pensando... Então vem a idéia! O menino começa a escrever.
Após alguns dias escrevendo, queria contar a história aos seus colegas de escola.
Um dia, a professora ficou doente e, não tinha aula. Então uma funcionária da escola ficou na sala e disse para todos ficarem desenhando. Essa foi a oportunidade.
Gabriel se aproximou da funcionária e disse:
— A senhora permite que eu conte uma história para a classe?
A funcionária ficou pensativa, mas respondeu:
— Sim, porque não?
A jovem funcionária pediu a atenção de todos:
— Silêncio, silêncio! O Gabriel vai contar uma história para vocês!
Gabriel ficou com um pouco de medo. Tinha medo de as pessoas não acharem boa a história, mas tomou coragem, respirou fundo e começou a contar a história:
Havia uma família feliz. Um casal jovem, com dois filhos ainda crianças. Uma família unida cheia de alegrias.
Mas um dia, uma das crianças ficou doente. Então seus pais o levaram para o médico, mas ele não sabia como ajudar.
Os pais ficaram desesperados e procuraram outro médico. O irmãozinho mais novo que via o irmão mais velho doente, às vezes chorava sozinho. Lembrava das pequenas brigas que teve com o irmão e, jurava que não brigaria mais, mas queria seu irmão de novo.
O menino ficava mais doente e muitos médicos o examinavam, mas não sabiam como encontrar a cura.
Os pais já estavam cansados de tanto procurar um médico que soubesse a cura. Oravam o tempo todo.
O menino doente descansava no hospital enquanto os pais e o irmãozinho estavam perto da cama orando. Um médico diferente se aproximou e disse ao pai:
— Você quer que seu filho se liberte da doença?
O pai achou estranha a pergunta, pois é claro que quer a cura da doença e poder brincar novamente com seu filho, então respondeu:
— Sim, eu quero a cura. Quero meu filho bom. Mas quem é o senhor? Eu não o conheço ainda.
— Sou o Doutor Chin, mas o que importa é que sei como seu filho pode ficar bom.
— Então diga como. Fale o que tenho que fazer! — diz o pai desesperado.
O Doutor Chin, um homem velho, com longos bigodes brancos, perguntou:
— Você está preparado para encontrar a cura?
— O senhor é um pouco estranho, doutor, mas sim, estou preparado para enfrentar qualquer coisa para que meu filho fique bom. — diz o pai.
— Num lugar distante, muito distante há uma linda flor azul, que cresce no alto de um monte e somente lá que ela cresce. O chá dessa flor libertará seu filho da doença. — diz o médico que vai caminhando para fora do quarto do hospital.
— Espere! — diz o pai — Mas é muito longe! Não tem outro jeito?
O médico caminha pelo corredor e não responde.
A mãe e o irmãzinho haviam adormecido de tanto orar e não escutaram a conversa. Então o pai acorda sua esposa:
— Minha amada, esteve aqui um médico e disse que há um jeito de curar nosso filho. — disse o pai.
Então ele explicou tudo a ela.
Ao amanhecer o pai disse ao filho mais novo que faria uma grande viagem, mas voltaria com a cura. Aproximou-se do filho doente e falou:
— Filho, farei uma viagem, mas voltarei com a cura. Então tenha fé em Deus, que tudo dará certo.
— Pai. Estarei te esperando. — disse o menino doente.
Assim o pai deu um beijo na esposa e partiu com pressa...

Haverá continuação...

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